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[FLM5686-1] História Literária e Ideologia no Século XIX

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Neste primeiro bloco, faremos algumas considerações gerais a respeito da escrita da história e do conceito de ideologia, que nos permitirão analisar criticamente as histórias literárias escritas no século XIX, em especial, O Brasil literário, de Ferdinand Wolf.
Neste segundo bloco, vamos conhecer Ferdinand Wolf, um dos fundadores da disciplina filologia românica. A leitura de Perry Anderson será útil para contextualizarmos seu pensamento e sua produção na Áustria do século XIX, à luz dos impactos da revolução industrial, da Revolução Francesa, do Congresso de Viena e dos acontecimentos de 1848. A biografia de Wolf, feita por Rudolph Beer, ajuda a entender sua trajetória intelectual e suas principais contribuições para a filologia. Por fim, veremos como o próprio autor relaciona história e literatura em trechos de uma de suas mais importantes obras, escrita antes de O Brasil literário.
Neste terceiro bloco, iniciaremos nossa análise comparativa do texto de Wolf em francês e em alemão, buscando mapear o modo como o filólogo construiu sua narrativa histórico-literária sobre o Brasil. Para isso, vamos comparar a tradução de Jamil Almansur Haddad, feita ao português a partir do francês e publicada em 1955, e minha tradução inédita feita a partir do original alemão. A leitura da “Dedicatória” e do “Prefácio” vai introduzir em nosso horizonte tanto as especificidades do contexto político-cultural brasileiro, bem como questões teórico-metodológicas a respeito do sentido da escrita literária para Wolf. Interessa-nos entender qual o ponto de vista Wolf, o que ele representa, como são encadeados fatos e obras, segundo quais critérios são formulados julgamentos. Além disso, vamos buscar compreender o papel dos agentes citados por Wolf, de suas referências e contatos brasileiros.
Neste bloco, vamos continuar a analisar comparativamente as versões do texto de Wolf. Wolf dividiu a história da literatura em brasileira em cinco períodos. Na “Introdução” e nas passagens selecionadas de cada um dos três primeiros períodos, veremos como Wolf busca estabelecer o surgimento do Brasil e de sua literatura desde suas origens até cerca de 1840. Interessa pensar aqui o modo como Wolf representa a colonização, os habitantes do Brasil e o surgimento da nação, e, especialmente, qual o papel desempenhado pela literatura.
Neste bloco, vamos continuar a analisar comparativamente as versões do texto de Wolf. Nossa atenção volta-se, aqui, a passagens do quarto e do quinto períodos, que compõem praticamente metade do volume e apresentam a produção literária contemporânea ao autor. Wolf se estende nesse momento porque considera-o a consagração de um processo. Nosso objetivo é compreender o sentido de Romantismo para Wolf, o papel de Gonçalves de Magalhães e a oposição que Wolf estabelece entre Alemanha e França. Faremos uma sistematização de conceitos do Idealismo, entre eles o de “rejuvenescimento”, que explica uma dinâmica histórica baseada na noção de translatio imperii.
Neste sexto bloco, vamos continuar nossa análise da quinta época. Faremos um balanço das diferenças estilísticas e semânticas entre as duas versões analisadas nos blocos anteriores, tomando como exemplo o uso da palavra “escravidão”. Trata-se de um caso paradigmático do tipo de inversão operada por Wolf. Como contraponto, vamos ler o relato de viagem feito por Karl von Scherzer durante a expedição Novara, no Rio de Janeiro, em 1857.
Neste sétimo bloco, vamos alinhavar as observações feitas nas aulas anteriores a partir da leitura comparada de passagens de O Brasil literário e do manuscrito alemão. Interessa aqui esboçar algumas conclusões a respeito do modo como Wolf interpreta a história da literatura brasileira e seus paradigmas. Como contraponto, leremos passagens de uma obra anterior, de 1826, o Resumo da história literária do Brasil, do francês Ferdinand Denis.
No encerramento de nosso curso, vamos sintetizar o conteúdo dos blocos anteriores e refletir sobre como podemos, agora, responder às perguntas metodológicas feitas inicialmente. Iremos discutir as condições de recepção de O Brasil literário, fazendo um trajeto do século XIX até o XXI. Localizaremos a recepção de Wolf no contexto brasileiro, levando em conta as diferenças históricos, políticos e culturais de cada momento. Compreenderemos em que medida Wolf contribuiu para a gênese do pensamento conservador brasileiro.
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